A cidade de Nampula está a enfrentar uma das maiores crises de água potável, derivada da fraca capacidade de distribuição daquele liquido vital. A empresa Águas da Região Norte (AdRN) confirma, mas diz que o horário de distribuição foi restringido na tentativa de cobrir todos os bairros da cidade.
Na capital provincial de Nampula, o processo de fornecimento de água está, em larga medida, dependente da barragem de Monapo, uma infra-estrutura construída na década sessenta.
Em algumas zonas residenciais, os moradores recorrem a certas correntes de águas residuais para o banho, lavagem de roupa e outras necessidades básicas, uma prova de que não é possível evitar a eclosão e propagação de doenças, numa situação de falta de água.
Parte dessas correntes de água carrega consigo, diversos tipos de lixo, excrementos humanos e outros objectos nocivos à saúde pública. Algumas senhoras ouvidas pela nossa Reportagem estão cientes das eventuais consequências da utilização deste tipo de água, mas dizem não ter outras alternativas.
Muatala, Mutuanha e Muhala são algumas das principais correntes de águas residuais, originárias de algumas unidades sanitárias, penitenciárias e prédios residenciais mas que aproveitada para o uso doméstico, devido a problemática da falta de água potável em toda a cidade de Nampula.
Filas prolongadas de bidons, baldes e diversos utensílios de uso doméstico testemunham documentando o actual cenário de procura de água.
Devido à maior procura de água, há relatos de conflitos entre as mulheres ou entre as raparigas que, a todo o custo, procuram usar a força para ocupar espaço e regressar à casa.
Na capital provincial de Nampula, o processo de fornecimento de água está, em larga medida, dependente da barragem de Monapo, uma infra-estrutura construída na década sessenta.
Nos dias que correm a barragem não dispõe de capacidade suficiente para responder às necessidades dos mais de 700 mil habitantes. Com a queda tardia ou irregular das chuvas, o cenário pode se tornar gravíssimo nos próximos tempos.