Mil e nove colaboradores do Conselho Municipal de Nampula que, em 2024, foram desvinculados por alegadas irregularidades contratuais ameaçam retomar aos seus postos de trabalho, por meio de força, com efeitos a partir da próxima segunda-feira.
Com esta decisão, os desvinculados pretendem pressionar o patronato a cumprir com as normas estabelecidas por lei, conforme deram a conhecer à nossa equipa de reportagem.
Depois de longos meses de espera por qualquer informação, os mais de mil trabalhadores, na sua maioria do sexo feminino, decidiram amotinar se no edifício sede da autarquia, até o problema seja resolvido.
No meio de muita agitação, marcada por gritos, alaridos, batucadas e danças, os grevistas forçaram a paralisação das actividades em todos os sectores e condicionam a sua retirada do local pelo pagamento de nove meses em atraso e a respectiva indemnização.
Alguns dos reivindicadores, com 15 a 20 anos de trabalho, dizem ter sofrido acidentes em pleno exercício de suas actividades e hoje estão submetidos a uma situação de miséria.
Se o problema não for resolvido com maior brevidade possível, os grevistas poderão se juntar aos grupos de manifestantes na sua forma de actuação e que pode se traduzir em vandalização.
O Presidente da autarquia de Nampula que não compareceu no edifício com todo o seu executivo teria afirmado numa das sessões da Assembleia Municipal que “os 1009 trabalhadores foram desvinculados porque não tinham sido reconhecidos pelo Estado”.
Contudo, Luís Giquira afirma que alguns poderão ser reintegrados, mercê do concurso público lançado pela sua instituição em 2024.