Crentes de diferentes mesquitas e igrejas, baseadas na cidade e província de Nampula dizem estar a enfrentar dificuldades enormes, ao nível do sector de Justiça, Assuntos constitucionais e religiosos em Moçambique e contestam o elevado número de assinaturas para o licenciamento das respectivas instituições, constante da nova proposta de Lei, a ser submetida, ainda este ano, no Parlamento.
A Lei 4/71 de 21 de Agosto, estima em apenas 500 assinaturas, mas a nova proposta estima entre dois a cinco mil assinaturas para efeitos de legalização, facto que levanta fortes debates, no seio de todas as confissões religiosas.
Celestino Oliveira, líder das Igrejas Pentecostais disse que há vezes em que os requerentes ficam cerca de 10 anos à espera da tramitação dos processos. Esta posição foi igualmente defendida por Artur Colher, do Conselho Cristão de Moçambique, que sugere o número máximo de 300 assinaturas.
Por seu turno, o Sheihk Jamal Ibraimo sugere uma forte discussão à volta da indumentária das mulheres muçulmanas, que, nalguns casos, chegam a ser obrigadas a a se expor em público, sobretudo, quando pretendem tratar documentos ou realizar alguma prova.
Contudo, foi provado que em Moçambique, as instituições religiosas assumem um papel importante na formação moral do indivíduo e na transmissão de valores fundamentais de uma convivência social e harmoniosa.
No período das manifestações pós-eleitorais, por exemplo, as religiões desempenharam um intenso trabalho na pacificação do país.
Estes pronunciamentos foram feitos esta quinta-feira à margem da cerimónia de lançamento oficial da auscultação pública da proposta da lei de liberdade religiosa e de culto.